Tudo pode parar neste planeta, menos a nossa fome, a nossa sede, a nossa saúde, ou seja, nossas necessidades básicas não cessam. Que o cenário provocado pelo corona vírus está mudando muita coisa, todos já entenderam, mas de toda a discussão ao redor das mudanças, ainda não percebemos até agora nenhuma menção sobre as consequências para o mercado imobiliário rural, por isto, resolvemos abordá-lo, visto que durante a quarentena por diversas vezes tivemos que calçar a botina, colocar a máscara e partir para visitas de captação e apresentação de diversos imóveis rurais.

Esse novo momento trouxe à tona a importância de um setor que é primordial, mas que ainda não é valorizado significativamente pelo mercado. Você já pensou que antigamente, viver no campo, na chácara, no sítio, na fazenda fazia todo sentido? Ter uma vida em “isolamento social não obrigatório” e com qualidade, passou a ser opção de moradia a ser considerada e valorizada cada vez mais nos momentos atuais.

Não estamos falando apenas de opção de moradia, mas de que o principal produto do mercado imobiliário rural está sendo impulsionado pela valorização da produção de alimentos. Basta observar que, enquanto a população mundial utilizou o isolamento social para conter o maior inimigo dessa geração, o setor primário da produção de alimentos para essa população continuou a todo vapor, por isso não faltou arroz, feijão, hortifrútis, carnes, café, leite, dentre outros produtos oriundos da atividade rural. Não faltou também o milho e a soja, que são as principais matérias primas para a indústria de alimentos.

Por isso consideramos o crescimento da demanda por imóveis rurais como uma das grandes consequências da COVID-19. Alguns vão perguntar: a bola da vez não é a evolução tecnológica em tão pouco tempo? Não é a mudança nas relações de trabalho com o home office? Não é a mudança nas relações interpessoais? A resposta é que todas elas se complementam e estão relacionadas às consequências trazidas pela pandemia e farão parte da nossa rotina com muito mais frequência.

Com toda esta valorização e crescimento no setor imobiliário rural, haverá ao mesmo tempo, a necessidade ainda maior de qualificação dos profissionais do setor imobiliário. O profissional deve neste sentido, buscar não só se capacitar em sua atividade técnica de corretor de imóveis, mas também desenvolver os conhecimentos referentes as características essenciais não apenas das moradias rurais, mas também do agronegócio, como por exemplo, obter conhecimento da relevância das diferenças de solo, clima, medidas que são utilizadas no setor, diferenças existentes na agricultura extensiva e intensiva e na agropecuária e agricultura.

O fortalecimento do campo tanto no quesito moradia, quanto para atividade agropecuária, não significa retrocesso, pelo contrário, será sim um grande avanço, pois teremos uma agricultura e pecuária cada dia mais competitiva e tecnológica, as pessoas irão usufruir ainda mais da tecnologia para aumentar sua produtividade, irão aproveitar e cuidar muito mais de suas terras e de seus recursos naturais.

Com que autoridade é possível concluir isso? A resposta é simples, moro na roça, atuo com compra e venda de imóveis rurais a quase uma década e observamos que desde o início da quarentena o comportamento das pessoas está mudando, nesses dias temos trabalhado muito mais “hectares” do que “metros quadrados”.

Já para atender essa demanda, a nossa unidade da RE/MAX fez parceria com o maior player no seguimento de divulgação (marketing), específica para mercado imobiliário rural no país, o Sistema Brasileiro do Agronegócio – SBA, o qual tem a mesma visão do crescimento do setor, tanto que na primeira campanha, conseguimos comprovar que a busca por propriedades rurais é maior que a oferta de propriedades à venda.

Com essa parceria, queremos incluir um seguimento de posicionamento voltado para o imóvel rural, fazendo a empresa que vende um imóvel a cada 30 segundos no mundo ser também a empresa que mais vende imóveis rurais no Brasil e no mundo.