Toda pessoa adulta já deve ter se perguntado ou conversado com os amigos sobre ‘’como comprar um apartamento’’. Se identificou, né? Não é por acaso, ter uma casa própria é o maior desejo de 93% dos brasileiros, segundo o Datafolha.
Porém, você provavelmente já cansou de ouvir por aí sobre os desafios de comprar imóvel no Brasil nos últimos anos. Sendo assim, e se falássemos sobre alguns segredos que facilitam a compra, mas poucos sabe?
Por exemplo, o programa habitacional Minha Casa Minha Vida aumentou o orçamento para R$ 10,7 bilhões. Com isso, a previsão é que 1 milhão de novas residências sejam contratadas até o final de 2025.
Isso significa mais oportunidades para você encontrar um apartamento que atenda às suas necessidades e caiba no seu orçamento. Então, quer entender como comprar um apartamento? Listamos algumas dicas e informações úteis. Confira:
- O que é necessário para comprar um apartamento?
- Quem pode financiar um imóvel?
- Quanto é preciso de entrada para comprar um apartamento?
- 5 Alternativas para comprar um apartamento sem entrada
- Como comprar um apartamento com um salário baixo?
- Quem ganha 1 salário mínimo pode financiar imóvel?
O que é necessário para comprar um apartamento?
Comprar um apartamento é um grande passo e envolve muito mais do que apenas escolher um lugar bonito. Entenda!
Planejamento financeiro
Antes de sair buscando um imóvel, entenda todos os custos envolvidos. Os principais são:
- entrada do financiamento — os bancos geralmente financiam até 80% do valor do imóvel, então tenha pelo menos 20% a 30% guardado;
- parcelas do financiamento — elas incluem o valor do imóvel e também:
- amortização (parte que reduz a dívida);
- juros (o custo que o banco cobra pelo empréstimo);
- taxas de seguro (proteção para você e para o banco);
- custos operacionais (taxas administrativas).
A dica é fazer simulações em diferentes bancos para ver qual oferece as melhores condições.
Documentação
A burocracia pode parecer chata, mas estar com tudo pronto facilita o processo. Veja os documentos necessários como Pessoa Física:
- RG e CPF (ou RNE, no caso de estrangeiros);
- Comprovante de residência atualizado;
- Certidão de estado civil (Certidão de nascimento, casamento, divórcio ou óbito, conforme o caso);
Se você optar pelo financiamento, é preciso comprovar a renda, cuja documentação específica depende da sua ocupação:
- Assalariados — últimos 3 holerites (se for comissionado, os últimos seis);
- Autônomos e liberais — registro profissional e 3 últimos extratos bancários;
- Empresários e sócios — contrato social atualizado e 3 últimos extratos bancários;
- Aposentados e pensionistas — 3 últimos comprovantes de benefício;
- Declaração do Imposto de Renda;
- Extrato do FGTS (caso vá usá-lo na compra).
Após enviar a papelada, o banco analisa o seu crédito e avalia o imóvel para garantir que o financiamento faça sentido.
Como funciona o financiamento de imóvel?
Se você pretende financiar seu apartamento, o processo segue esses passos:
- veja sua situação financeira — analise sua renda, score de crédito e capacidade de pagamento;
- pesquise os bancos — compare taxas de juros e prazos para escolher a melhor opção;
- envie a documentação — o banco vai analisar seu crédito e avaliar o imóvel;
- assine o contrato — leia tudo com atenção para evitar surpresas;
- registre no cartório — isso formaliza a compra e assegura que está tudo certo.
Quem pode financiar um imóvel?
É importante entender quem pode solicitar o financiamento de imóveis e quais são as regras.
Financiamento pela Caixa Econômica Federal
Para conseguir um financiamento imobiliário pela Caixa, por exemplo — uma das opções mais populares —, você precisa:
- ter mais de 18 anos ou ser emancipado a partir dos 16;
- ser brasileiro ou ter visto permanente no Brasil (se for estrangeiro);
- ter renda suficiente para pagar as parcelas;
- não estar com o nome sujo (nada de restrições no SERASA ou SPC);
- a parcela do financiamento não pode ultrapassar 30% da sua renda bruta mensal;
- o imóvel será dado como garantia do pagamento (Alienação Fiduciária), mas você pode morar nele normalmente enquanto paga.
Caso deseje usar o FGTS para ajudar no financiamento, tem mais algumas regras envolvidas.
Faixas de renda e opções de financiamento
Nem todo financiamento funciona da mesma forma. O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), por exemplo, tem faixas de renda específicas. Veja em qual faixa você se encaixa:
- Faixa 1 — renda de até R$ 2.640 — maior subsídio, juros reduzidos e parcelas mais leves;
- Faixa 2 — renda de até R$ 4.400 — algumas vantagens, mas menos subsídios que a Faixa 1;
- Faixa 3 — renda de até R$ 8.000 — sem subsídios, mas ainda com taxas atrativas.
Quem pode participar do Minha Casa Minha Vida?
Para financiar pelo MCMV, você NÃO pode:
- ter um imóvel no seu nome;
- ter um financiamento imobiliário ativo pelo FGTS;
- ter recebido benefícios habitacionais do governo nos últimos 10 anos.
Como fazer parte do programa Minha Casa Minha Vida?
Se você está na Faixa 1, precisa se cadastrar nos programas habitacionais da prefeitura ou do governo estadual.
Para as Faixas 2 e 3, o financiamento pode ser solicitado direto na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil.
Como escolher o melhor financiamento para comprar um apartamento?
Antes de assinar qualquer contrato, avalie alguns pontos:
- sua renda mensal e o quanto pode pagar sem comprometer seu orçamento;
- as taxas de juros de diferentes bancos (faça simulações antes de decidir!);
- se dá para usar o FGTS para reduzir o valor da entrada ou das parcelas;
- o prazo de pagamento e o valor final que você vai pagar ao longo dos anos.
Quanto é preciso de entrada para comprar um apartamento?
Normalmente, os bancos pedem uma entrada entre 10% e 30% do valor total do imóvel. Ou seja, se você encontrou um apartamento de R$ 300 mil, pode precisar desembolsar algo entre R$ 30 mil e R$ 90 mil logo de cara.
Porém, convenhamos, não é todo mundo que tem esse valor na reserva, né? Felizmente, existem algumas maneiras de financiar sem precisar pagar a entrada à vista.
5 Alternativas para comprar um apartamento sem entrada
Confira as opções que podem te ajudar a conquistar seu imóvel sem entrada!
1. Use o FGTS para pagar a entrada
Se você trabalha com carteira assinada e tem dinheiro no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), pode usá-lo para reduzir ou eliminar a entrada.
2. Negociar diretamente com a construtora
Muitas construtoras oferecem isenção da entrada do imóvel. Portanto, para negociar com a construtora:
- Pergunte sobre parcelamento da entrada;
- Fique de olho em promoções e campanhas especiais.
3. Minha Casa, Minha Vida
Quem se encaixa nos critérios do Minha Casa, Minha Vida pode ter um financiamento com entrada reduzida para até 5% do valor do imóvel. Além disso, os juros são mais baixos, tornando as parcelas mais acessíveis.
4. Consórcio imobiliário
Se você não tem urgência para se mudar, o consórcio imobiliário é uma alternativa interessante.
Funciona como um grupo que contribui mensalmente para um fundo comum, e a cada mês alguém recebe a carta de crédito para comprar o imóvel.
5. Conheça bancos que oferecem financiamento sem entrada
A Caixa Econômica Federal financia 100% do valor do imóvel. Essa opção está disponível para quem está no Minha Casa, Minha Vida. Se essa opção não se encaixa no seu perfil, alguns bancos financiam até 90% do valor do imóvel, como:
- Santander;
- Itaú.
Como comprar um apartamento com um salário baixo?
Comprar um apartamento com um salário baixo tende a ser um grande desafio. Mas calma! Com planejamento e as estratégias certas, dá para sair do aluguel e conquistar o seu cantinho.
Use os programas habitacionais a seu favor
Se sua renda se encaixa nos critérios do Minha Casa, Minha Vida, é possível conseguir um financiamento com entrada reduzida e juros mais baixos. O governo ainda pode cobrir parte do valor do imóvel, o que facilita bastante!
Faça simulações de financiamento
Antes de fechar qualquer negócio, use simuladores on-line para ter uma ideia do valor das parcelas, do prazo e da entrada necessária. Isso evita surpresas e te ajuda a escolher a melhor opção.
Então, que tal dar uma olhada nos simuladores da Caixa, Itaú ou Santander? É grátis e te dá uma ideia se o financiamento cabe no seu bolso.
Além disso, um corretor de imóveis pode facilitar ainda mais o processo, ajudando a encontrar boas condições e sugerindo imóveis que encaixem no seu orçamento
Se prepare para os custos extras
Além do valor do imóvel, tem outras despesas no caminho, como:
- ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis);
- Taxas de cartório e escritura;
- Gastos com mudança e mobília.
Assim, a dica é fazer uma planilha (ou use um app) para anotar tudo. Com isso, você se organiza para esses gastos.
Saia das dívidas antes de financiar
Os bancos analisam seu histórico financeiro antes de aprovar o financiamento. Logo, se você tem muitas dívidas, suas chances diminuem. Por isso:
- levante todas as suas contas e veja os prazos;
- tente renegociar valores com os credores;
- participe de feirões de negociação (como os do Serasa e da Caixa).
Poupe e invista para se organizar melhor
Mesmo com um financiamento, é sempre bom ter um dinheiro guardado. Se puder, invista seu dinheiro em opções de baixo risco que rendem mais que a poupança, como:
- Tesouro Selic – acompanha a taxa básica de juros e tem baixo risco;
- CDBs – títulos bancários com rentabilidade melhor que a poupança.
Quem ganha 1 salário mínimo pode financiar imóvel?
Sim! Mesmo com um salário mínimo, é possível financiar a casa própria. Não existe uma renda mínima exigida. Porém, a regra é que as parcelas do financiamento não ultrapassem 30% da sua renda familiar mensal.
Inclusive, se o seu rendimento for de até um salário mínimo, você tem uma super vantagem: pode participar do programa Minha Casa Minha Vida. Nesse caso, os juros são bem mais baixos e é possível usar o FGTS para ajudar na compra.
A RE/MAX ao seu lado na compra do seu apartamento
Conforme mencionado, comprar um apartamento pode parecer complicado à primeira vista, mas com o planejamento certo, fica bem mais tranquilo. O segredo está em entender como funciona o financiamento, reunir a documentação necessária e aproveitar programas como o MCMV.
Com essas dicas, você já tem tudo o que precisa para comprar um apartamento sem estourar o orçamento. E para te ajudar ainda mais, conte com a gente. Vamos te orientar em tudo: desde o financiamento até a escolha do imóvel. Fale conosco e conquiste sua casa própria!