Com o mercado imobiliário seguindo em ascensão na economia, saiba quais serão seus pontos altos para os próximos meses.
Nos últimos dois anos, ainda que passando pela pandemia do novo coronavírus e pelos resquícios das suas consequências, o mercado imobiliário se destacou e foi capaz de crescer consideravelmente acima da economia brasileira.
O setor, inclusive, alcançou em 2021 um desempenho recorde, registrando o melhor resultado da última década, de acordo com o estudo Indicadores Imobiliários Nacionais, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Já para os próximos 12 meses, as previsões são igualmente otimistas e apontam para um crescimento da indústria da construção, com a estimativa de que sejam alcançados 2,5% no período.
Mesmo que isso signifique um aumento abaixo dos últimos anos e os juros altos, como a taxa Selic próxima dos 14% a.a, não facilitem o caminho a ser percorrido, existe confiança em relação às vendas e futuros lançamentos.
É importante ressaltar, por exemplo, que o financiamento imobiliário destinado ao mutuário final ainda é muito disputado pelas instituições financeiras, o que só vem a beneficiar quem deseja adquirir um imóvel desta forma.
Além disso, o crédito imobiliário, que tem demonstrado taxas muito atrativas – às vezes abaixo dos 9% a.a -, faz com que a opção de financiar seja ainda mais viável para os clientes.
Taxa Selic e crédito imobiliário
Dois elementos têm impacto fundamental nas projeções para o setor da construção, sendo eles de que forma serão trabalhadas as políticas habitacionais e o cenário de juros.
A Selic é a taxa básica utilizada para o cálculo do juros na economia brasileira. De forma que quando ela cai, todas as modalidades de crédito seguem o mesmo curso, e quando ela sobe, acontece o mesmo com as taxas de financiamento.
Em 2020, durante momentos críticos da pandemia, a taxa chegou a ser praticada a 2% ao ano, menor patamar da história.
Porém, a partir de março de 2021, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central passou a elevar a taxa básica de juros, chegando a 13,75% ao ano em dezembro de 2022 e permanecendo da mesma forma em janeiro de 2023.
Em contrapartida, as taxas de crédito imobiliário tiveram um reajuste muito mais brando no mesmo período, saltando de uma média de 7% para até 9,5% ao ano, fazendo com que financiar um imóvel continue sendo uma oferta atrativa.
Contudo, de acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a perspectiva é de que se inicie um ciclo de baixa da Selic neste ano de 2023, com previsão de chegar a 12,25% no final deste ano. Para 2024, a perspectiva é chegar a 9% ao ano e, em 2025, a 8%.
Isso deve acontecer ainda que o custo do financiamento habitacional não oscile na mesma proporção, já que as variações da taxa básica de juros influenciam nas decisões da Caixa Econômica Federal, banco responsável pelos programas de moradia do governo.
Além disso, com o programa de financiamento imobiliário do governo tendo seu prazo de pagamento da casa própria estendido para 35 anos em determinados casos, mais tempo e melhores condições para pagar o imóvel serão oferecidas.
Tendências no mercado imobiliário
A tendência para o mercado imobiliário até o final de 2023 é que ele continue aquecido, crescendo de forma exponencial, com a demanda por moradias seguindo elevada, já que muitas pessoas veem os imóveis como forma de investimento, e tantas outras sonham em sair do aluguel.
Há também a indicação de que o valor do imóvel deve desacelerar neste novo ano. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o coordenador do curso de negócios imobiliários da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Alberto Ajzental, indicou esta propensão.
E falando em investir, o ano será bom, inclusive, para quem pretende fazê-lo no mercado imobiliário, pois com a inflação alta e a desvalorização do dinheiro, um bem seguro e versátil é uma ótima forma de diversificar o patrimônio com segurança.
Uma boa opção para começar são os imóveis na planta, já que seu custo costuma ser mais baixo em relação a um apartamento novo, já finalizado.
Franquias imobiliárias
Diferente do que grande parte das pessoas pode pensar, o mercado de franquias não engloba apenas empresas de alimentação e marcas de varejo. Hoje, é possível empresas franqueadas de praticamente todos os setores existentes.
É o caso das franquias imobiliárias, que já são sucesso em todo o mundo, e agora têm ganhado força em terras brasileiras, e chamado a atenção de investidores por conta do alto lucro que oferecem.
Uma única venda de um imóvel de alto padrão pode ser o suficiente para compensar parte do investimento inicial.
Por exemplo, negociando um apartamento de 800 mil reais, sua comissão ficará na faixa de 48 mil reais – considerando a taxa de praxe do mercado, praticada em 6%.
Cenário do mercado de franquias e suas vantagens
Vindo na direção oposta da crise econômica, o mercado de franquias segue apresentando crescimento, ano após ano.
Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), relatam que o setor vem movimentando bilhões de reais anualmente desde 2017.
Dentro do cenário mundial, o Brasil aparece como o quarto maior país do mundo em número de redes franqueadas e o sexto em número de unidades.
Outro dado importante a ser levado em conta é de pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que demonstra que, apesar de grande parte dos brasileiros terem o sonho do próprio negócio, 60% das empresas fecham as portas após cinco anos de existência.
E dentro de um contexto incerto assim, o modelo de franquias se apresenta como uma alternativa muito mais segura. Afinal de contas, a taxa de mortalidade é de apenas 5% no mesmo período.
Além disso, o mercado brasileiro ainda é dominado por imobiliárias de pequeno e médio porte, sendo poucas a adotar o modelo de franquias, o que abre muito espaço para novos negócios e torna o cenário extremamente favorável.
Portanto, se você ainda tinha alguma dúvida de que os próximos meses serão prósperos para o mercado imobiliário e de que muitas oportunidades estarão à vista, não tem mais. Agora é se preparar para os bons negócios!
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